É preciso não esquecer nada:
         nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
         nem o sorriso para os infelizes
         nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova              borboleta
         nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso              rosto,
         o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia              carregado de atos,
         a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não              fôssemos,
         vigiados pelos próprios olhos
         severos conosco, pois o resto não nos pertence.
Nada nos pertence, nem a nossa própria identidade.
ResponderExcluirBjs.
Verdade!!! Estamos mesmo de passagem
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