sábado, 28 de janeiro de 2012

Nada é eterno...

  Eu fico analisando as coisas que acontecem comigo, fico observando as pessoas que passam em minha vida, os momentos em que poderia ter dito NÃO e não disse, os momentos que eu realmente deveria ter aproveitado mais e, por algum motivo tosco eu não soube aproveitar da maneira certa, vejo como a vida é momentânea, como os relacionamentos são descartáveis, como as pessoas são descartáveis...
 Hoje eu, conversando com um comerciante, um senhor já de idade, parei para analisar como a vida é tosca... Conversávamos sobre velhice, sobre como as pessoas perdem seu respeito, sua dignidade quando alcançam essa faixa etária, como os filhos não se preocupam com as mesmas, simplesmente as jogam num azilo como um lixo, como um objeto... é claro, não estou generalizando. Mas se pararem para analisar, isso é bem mais uma questão de maioria do que de minoria. Fico muito sensibilizada com isso. A velhice me dá medo, medo de ter que lembrar que eu já fui jovem e podia fazer tudo que eu quisesse e que, por obra da gravidade, acabei perdendo uma boa parte desse "tudo". Tenho medo de depender das pessoas, pois vejo que se, hoje em dia, as coisas já se encontram assim, em extrema degradação de valores e pessoas tão deshumanas, imagina quando eu estiver idosa, se eu chegar lá? Medo do tempo, medo das pessoas, medo de não alcançar os meus objetivos, medo do medo, medo, medo e mais medo...

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